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O programa Para Mulheres na Ciência, uma parceria L’Oréal, Unesco e ABC, que já reconheceu mais de 70 cientistas brasileiras desde 2006, divulga as sete vencedoras da 12ª edição. Com suas pesquisas, as cientistas escolhidas levantam importantes questões que refletem empenho e desenvolvimento para o campo acadêmico brasileiro – nas áreas de Física, Matemática, Química e Ciências da Vida.
As ganhadoras foram escolhidas por um júri acadêmico formado por importantes nomes da Academia Brasileira de Ciências. Elas foram avaliadas pelo potencial das pesquisas e pela trajetória que já desenvolveram em suas áreas de atuação. Cada cientista será premiada com uma bolsa-auxílio de R$50 mil para fundamentar e dar continuidade às pesquisas.
Conheça as sete cientistas reconhecidas em 2017:
FÍSICA
Jenaina Ribeiro Soares
Física da Universidade Federal de Lavras, a goiana Jenaina Ribeiro Soares estuda a estrutura de novos nanomateriais com aplicações em diferentes indústrias, em especial a eletrônica. Além disso, desenvolve equipamentos para produzir esses nanomateriais, formados por uma ou por poucas camadas atômicas. Inovação é a palavra de ordem: “Tudo isso vai permitir desenvolver projetos de ponta e inéditos no país”, afirma.
MATEMÁTICA
Diana Sasaki Nobrega
Com envolvimento no ensino e na pesquisa desde jovem, a cientista Diana Sasaki Nobrega, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, investiga uma classe de problemas matemáticos conhecidos como grafos cúbicos, relacionados com a resolução de problemas reais de conflito, especialmente na área de computação.
QUÍMICA
Rafaela Salgado Ferreira
Na busca por tratamentos mais eficazes para zika e doença de Chagas, a mineira Rafaela Salgado Ferreira (UFMG) desenha moléculas potencialmente capazes de inibir o funcionamento de proteínas essenciais na fisiologia do vírus e do protozoário Trypanosoma cruzi. Ainda mais motivada pela premiação, Rafaela afirma o papel social da pesquisa e ressalta a importância do trabalho com doenças tropicais negligenciadas.
CIÊNCIAS DA VIDA
Gabriela Nestal de Moraes
A carioca Gabriela Nestal de Moraes investiga, no Instituto Nacional do Câncer (Inca), as bases celulares e moleculares para uma nova terapia para o câncer de mama a partir de informações de pacientes que não respondem ao tratamento quimioterápico.
Fernanda Maria Policarpo Tonelli
Fernanda Maria Policarpo Tonelli, bioquímica e pós-doutoranda na Universidade Federal de Minas Gerais, quer revolucionar a biotecnologia brasileira. Seu plano é utilizar tilápias-do-Nilo como biofábricas para a produção de substâncias como o hormônio do crescimento humano – uma inovação que pode economizar milhões de reais por ano ao sistema público de saúde.
Marilia Danyelle Nunes Rodrigues
Nascida em uma cidade no interior do Rio Grande do Sul, a geneticista Marilia Danyelle Nunes Rodrigues trabalha na Universidade Federal Rural da Amazônia, no campus de Parauapebas, em busca de um diagnóstico da diversidade genética do pirarucu na região sudeste do Pará. A bióloga pretende criar uma cartilha para promover a conservação da espécie ameaçada de extinção.
Pâmela Billig Mello-Carpes
A pesquisadora da Universidade Federal do Pampa, campus Uruguaiana, estuda como o cuidado parental influencia a formação do cérebro. Ela busca formas de tratar problemas cognitivos relacionados à falta desse cuidado.