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Nascido e criado em São Paulo, Marcos Viana começou a trabalhar como Jovem Aprendiz aos 15 anos depois de ser selecionado por um projeto social com escolas públicas da cidade. Esse foi o primeiro contato dele com a área de Recursos Humanos e não parou mais. Hoje, aos 39 anos, Marcos é Gerente de RH para Supply Chain e Operações Corporativas na L’Oréal Brasil - onde trabalha há 2 anos e meio. Negro e de família simples, ele conta que durante sua trajetória teve que mostrar para a sociedade que sua capacidade e competências não estavam atreladas à origem social ou cor da pele e que se orgulha de ter crescido e desenvolvido uma carreira de sucesso.
Conheça a trajetória de vida do nosso Colaborador Marcos e se inspire!
Como é a sua relação com a área de RH?
Começou a partir de um projeto social que envolvia crianças de escolas carentes. Eu estava entre 10 alunos que foram escolhidos pelas melhores notas. Fomos fazer parte de um projeto piloto, em que tivemos 3 meses de preparação em um curso de auxiliar administrativo. O primeiro contato profissional foi uma empresa de montagem de painéis de carros e cd-players. Depois, fui fazer um curso técnico de processamento de dados e fui efetivado como assistente. Entrei nessa área e nunca mais larguei. Fiquei 12 anos nessa empresa!
Eu considero minha carreira de muito sucesso. Sou formado em Administração, com ênfase em Negócios Internacionais e falo inglês e espanhol. Eu optei por isso porque sempre achei que o RH tem que ser estratégico e participar de fato do negócio. Quando vou em alguma reunião, por exemplo, consigo colocar meu ponto de vista de RH em cima do assunto. É um desafio de sempre contribuir com as necessidades da empresa.
Você teve alguma superação nessa trajetória?
Tive várias! Eu sou um executivo negro e vim de uma família humilde. Eu entrei na minha primeira oportunidade de trabalho por meio de um programa social, então muita gente acreditava que eu só estava lá por conta dessa ajuda e não pela minha competência. Na minha trajetória teve muita gente que duvidava do meu potencial por causa disso. Ao longo do tempo eu me especializei, fiz cursos e tive a oportunidade de viajar para o exterior - a trabalho ou não -, então fui desenvolvendo minhas competências técnicas e comportamentais para que as pessoas percebessem que eu era uma pessoa além da cor da minha pele ou minha origem. Sou uma pessoa capaz como qualquer outra dentro de uma organização. Já passei por situações de discriminação e desrespeito, mas graças a Deus tive uma base familiar que soube muito bem me guiar em relação a isso.
Como você percebe a política de diversidade da L’Oréal?
Quando falamos da questão de Diversidade é importante que nossas marcas tenham em mente que uma grande parte da população é negra. É importante que essa realidade se reflita aqui dentro. De lá, vimos grandes mudanças nesse cenário dentro da L’Oréal. A companhia acredita que a diversidade e diferentes ideias podem contribuir para o sucesso do negócio. E não é um foco apenas étnico, mas também para mulheres, pessoas com deficiência e LGBT’s. A L’Oréal é uma empresa muito aberta a isso.
Do que você mais se orgulha?
De ser visto - pela minha família, principalmente - como alguém que venceu na vida. Eu sinto que mostrei à sociedade que eu posso chegar em um lugar melhor. Esse reconhecimento é muito positivo! Além disso, posso mostrar para outros jovens negros que há espaço para crescer. Hoje, me sinto muito feliz quando alguém diz que sou uma inspiração de representatividade. E esse orgulho está totalmente ligado à minha família, que me deu total apoio para estudar e perseguir meus objetivos.
Como a sua trajetória de superação contribuiu para o líder que se tornou hoje?
Eu gerencio uma equipe de nove pessoas. Para chegar na atual posição, tive a oportunidade de passar por várias outras. Comecei como jovem aprendiz e fui crescendo gradativamente. Isso me fez criar um sentimento de empatia com todos, independentemente da posição que ocupam. Hoje eu consigo entender o que essas pessoas necessitam e também ajudá-las a se desenvolverem. E tem o fato de eu gostar de pessoas! O meu sonho de infância era ser médico e acabou que a minha trajetória profissional seguiu para outro lugar, mas isso não me impede de ajudar pessoas e profissionais a se desenvolverem.