Your title
Your description
No dia 21 de outubro, o Copacabana Palace foi palco da cerimônia de entrega do prêmio Para Mulheres na Ciência, uma parceria da L'Oréal com a UNESCO no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). Em sua nona edição, o programa segue fiel ao seu princípio de que a ciência é a chave para solucionar os enormes desafios do mundo atual e mudá-lo para melhor.
A premiação reconhece e promove as cientistas brasileiras e garante visibilidade ao trabalho das sete pesquisadoras contempladas, além de oferecer condições favoráveis para a continuidade dos seus projetos através de um auxílio financeiro. Cada pesquisadora recebeu uma bolsa-auxílio no valor equivalente, em reais, a US$ 20 mil.
As sete cientistas vencedoras deste ano foram: Manuella Pinto Kaster e Patrícia de Souza Brocardo, de Santa Catarina; Maria Carolina de Oliveira Rodrigues e Ludhmila Abrahão Hajjar, de São Paulo; Letícia Faria Domingues Palhares, do Rio de Janeiro; Ana Shirley Ferreira da Silva, do Ceará; e Carolina Horta Andrade, de Goiás. Nesta edição, foram inscritos mais de 300 trabalhos.
“Nada é mais fascinante para uma empresa de beleza inovadora do que contribuir para que a Ciência ganhe força pelas mãos das mulheres. As vencedoras desta edição são merecedoras de todo nosso reconhecimento e admiração. Seus relevantes estudos nas mais diferentes áreas de pesquisa propõem grandes avanços em prol da ciência”, explica Didier Tisserand, presidente da L’Oréal Brasil.
A UNESCO estava representada pelo Coordenador do Setor de Ciências Naturais da UNESCO no Brasil, Ary Mergulhão. E a Academia Brasileira de Ciências (ABC), pelo seu presidente, Jacob Palis. “Diante do número equilibrado de homens e de mulheres pesquisadores no Brasil hoje, e também considerando que há aproximadamente 10 anos o Brasil forma mais doutoras do que doutores, alguns desafios ainda se impõem: 1º a continuidade da crescente qualidade do trabalho desenvolvido pelas cientistas; 2º o reconhecimento da sociedade por esse trabalho, e 3º a conquista de maior espaço institucional pelas mulheres cientistas nos fóruns estratégicos e de gestão da ciência no Brasil”, afirmou o representante da UNESCO, Ary Mergulhão.
“O Prêmio é um dos mais importantes do mundo no incentivo à participação das mulheres na ciência, que é essencial. A ABC também procura estimular cada vez mais a entrada delas no meio científico, por isso, cerca de 15% dos nossos membros titulares são mulheres – índice mais alto do que o de algumas das principais Academias de Ciências do mundo”, explicou o presidente da ABC, Jacob Palis.
Debate sobre o papel da mulher no mercado científico
Além da solenidade, este ano a L’Oréal trouxe uma novidade para aquecer a discussão em torno da Ciência e da presença das mulheres neste mercado. Na terça-feira (21/10), além da cerimônia de entrega dos prêmios, foi promovida uma mesa-redonda para a troca de informações e experiências entre cientistas em diferentes níveis de carreira e de vida. Estiveram presentes vencedoras de todas as edições do Para Mulheres na Ciência, estudantes, representantes da UNESCO e da ABC e jornalistas especializados. Para conferir os melhores momentos do debate, clique aqui.
Para mais informações sobre as cientistas e sobre o prêmio, acesse o site http://loreal.abc.org.br/fellows2014.asp. Veja a cobertura no Twitter @mulhernaciencia e algumas fotos da premiação em nosso Facebook: http://on.fb.me/1E2kj2S
Programa já beneficiou mais de 60 cientistas brasileiras
Desde 2006, cientistas são escolhidas pela qualidade e pelo potencial de suas pesquisas desenvolvidas em instituições brasileiras. São projetos que ajudam a mudar o mundo, colocando as mulheres na linha de frente do conhecimento e fomentando sua participação no tão concorrido cenário científico. O Para Mulheres na Ciência já beneficiou 61 jovens cientistas no país (incluindo as sete vencedoras de 2014), distribuindo US$ 1,2 milhão em bolsas-auxílio (aproximadamente R$ 3 milhões).
O júri do Programa L'Oréal-UNESCO For Women in Science é presidido pelo Prof. Jacob Palis, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), e composto por membros da ABC, UNESCO no Brasil e L’Oréal Brasil. As inscrições para o prêmio aconteceram de março a maio e a revelação dos projetos selecionados, em agosto.
Sobre o For Women in Science
O programa brasileiro é um desdobramento do mundial For Women in Science, lançado em 1998, fruto de uma parceria entre a Fundação L’Oréal e a UNESCO, como o primeiro prêmio dedicado às cientistas mulheres em todo o mundo. A cada ano, cinco notáveis pesquisadoras, uma por continente, são laureadas no programa. Ao longo dos últimos 16 anos, 82 cientistas de diferentes continentes, incluindo duas que foram depois vencedoras do Prêmio Nobel, foram premiadas em cerimônias que acontecem anualmente, na França. Cinco brasileiras foram premiadas na edição internacional: Mayana Zatz, geneticista da USP, em 2001; Lucia Previato, biomédica da UFRJ, em 2004, Belita Koiller, física da UFRJ, em 2005; a astrofísica Beatriz Barbuy, da USP, em 2009 ; e a física Marcia Barbosa, da UFGRS, vencedora do prêmio em 2013.
Além do reconhecimento às grandes cientistas mundiais, o programa, em seus desdobramentos internacional e regionais, já incentivou mais de 2.000 mulheres de 115 diferentes países a darem continuidade às suas carreiras e seus importantes projetos de pesquisa. Confira aqui um vídeo de apresentação do programa.
International Rising Talents
A partir desse ano, a L’Oréal se orgulha de lançar um novo programa para trazer ainda mais conexão entre os programas regionais (dos países) e o programa internacional: o International Rising Talents. O objetivo é impulsionar o percurso de excelência de jovens e promissoras cientistas até se tornarem pesquisadoras internacionalmente reconhecidas. Serão eleitas 15 cientistas por ano, de cinco regiões do mundo para receber uma bolsa de 15 mil euros.
Para a primeira edição, cujo resultado será conhecido na cerimônia do For Women in Science, em março de 2015, o Brasil já indicou uma das cientistas contempladas no programa brasileiro, a Dra. Carolina Horta, que desenvolveu um estudo na área de Ciências Químicas sobre novos medicamentos, mais eficazes e de baixo custo à população, para tratamento da Leishimaniose, doença tropical causada por parasitas, que se manifesta na pele e afeta mais de 12 milhões de pessoas, principalmente de baixa condição socioeconômica.