Transporte sustentável: L’Oréal lança primeira carreta a biometano que reduz em 90% emissão de CO2 no transporte
A L’Oréal Brasil se uniu aos parceiros JOMED, RN Logística e Scania para lançar as primeiras carretas movidas a biometano do Brasil.
A L’Oréal Brasil se uniu aos parceiros JOMED, RN Logística e Scania para lançar as primeiras carretas movidas a biometano do Brasil. Com a iniciativa de sustentabilidade empresarial, a Companhia conseguiu co-criar um modelo de transporte inovador capaz de reduzir em 90% a emissão de CO2 - mostrando que é possível fazer uma logística mais verde e gerar um impacto positivo para o futuro. “O projeto está totalmente alinhado com a nossa ambição de criar um futuro melhor, de ativismo contra as mudanças climáticas”, destaca Maya Colombani, Diretora de Sustentabilidade da L’Oréal Brasil.
Conversamos com Renan Loureiro, Gerente Nacional de Transportes da Companhia, para entender os detalhes do processo e como a iniciativa se alinha ao L’Oréal Para o Futuro, novo compromisso de sustentabilidade da Companhia, com metas de transformação do negócio, empoderamento do ecossistema empresarial e contribuição na resolução dos desafios sociais e ambientais urgentes até 2030. Confira a entrevista abaixo!
L’Oréal Brasil: Quando surgiu a ideia do projeto de carretas movidas a biometano?
Renan Loureiro: Surgiu em 2017, logo após a entrada da L’Oréal no Programa de Logística Verde Brasil, quando recebemos a visita da Associação Brasileira de Biogás apresentando serviços e tecnologias voltadas ao mercado de gás e Biometano. De lá pra cá, começamos uma maratona para encontrarmos a viabilidade técnica e econômica para o uso do biometano no transporte de cargas L’Oréal, afinal, a tecnologia não era difundida no Brasil.
LB: Como foi o processo para encontrar e engajar parceiros para o projeto de sustentabilidade?
RL: Com a falta de infraestrutura e alto custo da tecnologia, tivemos que trabalhar fortemente junto com o time de Compras. Tudo foi feito desde 2017, através de uma abordagem de cooperação e co-criação de soluções em que compartilhamos nossas metas e objetivos, promovemos workshops de soluções, além de debates e palestras durante o Prêmio de Excelência em Transportes. A ideia era engajar as empresas de transporte parceiras com nossos valores de sustentabilidade e objetivos, bem como conectá-los com fabricantes de equipamentos, fornecedores de biometano e distribuidores de gás para conseguir encontrar a viabilidade técnica e comercial do projeto.
LB: Qual foi o papel dos parceiros durante esse tempo?
RN: Não temos veículos próprios em nossa operação no Brasil, portanto, a única maneira possível de executar o projeto seria através de nossos parceiros. A JOMED e RN Logística estão alinhados com nossos valores e compraram a nossa proposta. Eles foram buscar junto à Scania a solução técnica/comercial necessária para tiramos do papel este projeto com todo o nosso suporte e longas discussões comerciais para encontrarmos a equação de valor ideal.
LB: Quais são as vantagens desse tipo de transporte mais verde para a sociedade?
RL: Este projeto é um marco para uma logística de baixo carbono no Brasil, pois o biometano reduz em 90% as emissões de CO2 se comparado a uma carreta convencional. Além disso, como utilizamos biometano proveniente de aterros sanitários, ele se insere na agenda de economia circular, que é um dos valores de sustentabilidade da L’Oréal. A rota em que iniciamos o projeto (SP-RJ) é responsável por cerca de 30% das emissões totais de transporte da Companhia, o que nos posiciona em direção aos objetivos do programa L’Oréal Para o Futuro - que é reduzir em 50% nossas emissões por unidade de produto comercializado até 2030 (versus o baseline de 2016).
LB: Falando em L’Oréal para o Futuro, como essa iniciativa se alinha à estratégia de sustentabilidade da L’Oréal Brasil?
RL: A sustentabilidade e inovação estão no DNA da L’Oréal, portanto, acreditamos que temos um papel importante de desenvolver novas soluções e alavancar iniciativas que geram impacto positivo ambiental e social. Adicionalmente, o desenvolvimento desta solução visa influenciar outros embarcadores a fazerem projetos similares. Isso acelerará o barateamento da solução, e também o desenvolvimento da infraestrutura necessária no país (de abastecimento e combustível) para levarmos este projeto para outras rotas Brasil afora em busca do nosso objetivo de 2030.
Redação: Raquel Carletto